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29 de April | 16:30

Cidade de Goiás: Escola Estadual Mestre Nhola pede socorro

Cento e cinquenta crianças, entre cinco e dez anos de idade, estudam em período integral na Escola Estadual Mestre Nhola, na Cidade de Goiás. São estudantes do 1º ao 5º ano, que até poderiam ser classificados como privilegiados, mas os problemas enfrentados comprometem a qualidade do ensino.


O prédio precisa urgentemente de reforma em toda a sua estrutura. As salas são escuras e sem ventilação, os banheiros são antigos e no mesmo local as crianças fazem a higiene bucal.


Sem refeitório e sem local para o repouso, as refeições são servidas na própria sala de aula e as mesas de estudo são as mesmas utilizadas na hora do almoço. O tempo de recreação é limitado a 15 minutos, pois, sem cobertura na quadra de esporte, as crianças ficam sem local adequado para o lazer no momento do intervalo.


“Enquanto o governo faz propaganda, a realidade é bem outra. Prédios sem estruturas comprometem a qualidade do ensino e colocam em risco a segurança de alunos e educadores. E nesse mundo de fantasia que estão tentando criar para a Educação em Goiás, quem perde é a sociedade goiana”, alerta Iêda Leal, presidenta do Sintego.


Outro problema que prejudica o processo é o número de alunos na sala da alfabetização. São 31 crianças que estão iniciando a aprendizagem e apenas uma única professora em todo o período (7h às 15h) para dar conta do ensino.


“É um absurdo!”, diz uma professora que pediu para não ser identificada, questionando o comprometimento governamental com a qualidade do ensino público em Goiás. “Eles falam que a Educação é prioridade, mas como pode uma única professora ensinar 31 crianças a ler e escrever, com uma carga horária tão pesada? Para garantir um ensino de qualidade, é preciso mais profissionais para atender”, afirma.

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